O destino das doações do Papa
Para combater a coronavírus, os ventiladores pulmonares – uma máquina que ajuda o paciente a respirar quando ele não consegue fazê-lo sozinho pelo nível de insuficiência respiratória ou complicações de quadros clínicos, por exemplo - estão ajudando no tratamento dos internados e contribuindo para salvar milhares de vida no mundo inteiro. São equipamentos essenciais nas instituições de saúde, com demanda aumentada durante a pandemia de Covid-19 já que a doença afeta principalmente as vias respiratórias.
O Brasil vai receber 6 ventiladores pulmonares, mas as doações também foram encaminhadas às Nunciaturas Apostólicas de países da América Latina – como Colômbia, Argentina, Chile e Bolívia, além de Índia, África do Sul, Síria e Papua Nova Guiné. Todo o material, em seguida, será distribuído aos hospitais para tentar aliviar a pressão das estruturas já que “a emergência sanitária ainda permanece forte em muitas partes mais pobres do mundo”, afirma um comunicado da Esmolaria Apostólica, “enquanto a campanha de vacinação está avançando intensamente nos países mais ricos”.
Os novos desafios da pandemia
A Organização Mundial da Saúde está inclusive lançando um novo alarme sobre o aumento de contágios devido às variantes do vírus, apesar dos esforços dos profissionais de saúde em todo o mundo. Por isso não se pode dizer que a pandemia está sob controle. Enquanto a Europa discute sobre o “green pass”, o passe livre para poder viajar sem restrições, a propagação de variantes é assustadora: só no Reino Unido, o número de casos com a ‘variante Delta’, inicialmente identificada na Índia, está aumentando.
O governo de Portugal, por exemplo, a partir desta sexta-feira (18) proíbe até a próxima segunda-feira (21) a entrada ou saída de Lisboa e região metropolitana para controlar a disseminação do vírus para o resto do país. Pelo segundo dia consecutivo, Portugal passou dos mil novos casos de Covid-19 em 24 horas, a maior alta desde fevereiro quando o país estava em lockdown: desses, mais de 800 foram registrados em Lisboa e Vale do Tejo, possivelmente devido à ‘variante Delta’.