Ainda que continuasse convicto de sua vocação religiosa, Jorge Bergoglio continuou amadurecendo a ideia de abraçar a vida sacerdotal. Após alguns anos, decidiu entrar no Seminário da Arquidiocese de Buenos Aires, mas logo após, encantou-se pelo modo de ser dos jesuítas, que na época, dirigiam o Seminário. Deste modo, pediu para ser admitido ao noviciado da Companhia de Jesus.
A “segunda conversão” do Pe. Jorge Bergoglio
Depois de sua longa trajetória de formação na Companhia de Jesus, Bergoglio foi ordenado padre e pouco tempo depois recebeu a missão de ser mestre de noviços e, com apenas 34 anos já era provincial dos jesuítas da Argentina. Após ter exercido cargos importantes, o então Pe. Bergoglio recebeu a missão de ser confessor e acompanhante espiritual no mesmo local onde antes tinha estado como noviço. Bergoglio recorda aqueles dias como “tempo de escuridão e de sombras”, mas ao mesmo tempo, Córdoba era a cidade onde encontrou a rota de Deus em sua vida, o caminho para a sua purificação interior. De fato, era a primeira vez, desde que tinha sido ordenado presbítero, que não assumia um cargo de governo. Aquela cidade foi para ele como uma “Nazaré”, mais que um lugar, um tempo oportuno para cuidar-se a crescer quase que no anonimato, no abraço gratuito das fatigas simples do cotidiano.
Papa Francisco afirma ainda que aquele tempo ofereceu para ele a oportunidade de viver a sua “segunda conversão”. Como confessor, passou a atender pessoas provenientes dos lugarejos vizinhos que vinham à Igreja para receber a consolação do Senhor. Professores e estudantes, ricos e pobres, todos os tipos de pessoas, que confirmavam o coração de Bergoglio no desejo de salvar as almas. Depois de ter ocupado altíssimos cargos entre os jesuítas da Argentina, Jorge tornava-se um simples servidor do Evangelho. E como ele mesmo afirmou: “Córdoba foi um propedêutico da missão que Deus ainda estava por confiar.”
No livro “El jesuíta” o então arcebispo de Buenos Aires revelou com muita sinceridade a sua profunda experiência de encontro com sua própria miséria e a misericórdia de Deus:
Deste modo, Papa Francisco nos convida, através de sua própria experiência do perdão de Deus a percorrer os sendeiros de sua misericórdia e como ele sempre nos repete: “jamais podemos nos cansar de pedir perdão, porque Deus jamais se cansa de nos acolher e perdoar!”