No relacionamento a dois, na hora de uma briga, é muito comum que o tom da voz se eleve. Logo se juntam a isso palavras ofensivas, que deixam uma tensão flutuando no ar. Muitos de nós já experimentaram esse cenário.
Por que, então, às vezes nos permitimos um tom desrespeitoso com nossos entes queridos, especialmente com nosso cônjuge, quando provavelmente não o fazemos com pessoas desconhecidas?
A delicadeza, um segredo para viver bem
A comunicação com as pessoas que conhecemos é uma questão de emoções, que são a base do nosso comportamento. Moldada por nossas emoções, nossa maneira de interpretar o mundo se torna diferente se estamos zangados, com ciúmes, com medo ou apaixonados, por exemplo. Assim são também nossos relacionamentos humanos.
E nossas reações acontecem antes mesmo de termos consciência disso. Nossas emoções às vezes nos colocam “fora de nós”. Como o filho pródigo, precisamos tirar um tempo para entrar em nós mesmos, a fim de tomarmos consciência de nosso próprio papel nas situações em questão. Isso nos permitirá nos aproximar daqueles com quem estamos conversando.
A raiva é uma péssima conselheira, assim como o medo. Para manter o controle, precisamos nos acostumar a não reagir na hora, nos dando tempo para dar um passo atrás e pensar. Podemos dizer à outra pessoa algo como: “Minhas emoções estão confusas sobre o que foi dito entre nós e por isso eu prefiro esperar para ter mais calma antes de continuar a falar sobre esse assunto”.
Marie-Noël Florant (Conselheira conjugal e familiar)
Fonte(s): Edifa | Aleteia